Fazer um Boletim de Ocorrência: um roteiro da vida real

Imagem de Gerd Altmann disponível em: Pixabay.
 
 Fazer um Boletim de Ocorrência pode ser um tormento maior que o roubo

Assalto não é bom e todos sabem disto, mas pense em um indivíduo qualquer que fosse assaltado e quando chega na delegacia da polícia civil ou militar, aquela que investiga crimes, de uma cidade qualquer, mas não é estou falando em ir a uma delegacia qualquer em um dos rincões espalhados pelo país, estou falando em ir a uma delegacia no centro do sistema social civilizatório do povo brasileiro, Brasília, neste Distrito, com certeza, seria bem atendido, bom , isto é o que deveria acontecer, não é?
A burocracia começa em um grande e tortuoso aguardo de atendimento, e sem ninguém na sala fazem qualquer vítima esperar meia hora, contudo ninguém estava à disposição para resolver o problema e sim burocratizaram o acontecido, pedindo informações, descrição do fato, até riem do acontecido, poderia dizer:
– Um total despreparo!
– Tem certeza que você quer ajudar a resolver o ocorrido roubo?
Contudo aquele funcionário do Estado está ganhando possivelmente mais que R$ 10.000,00 reais para prestar aquele péssimo atendimento e qualquer um naquele ambiente poderia pensar:
– Quando é que correrão atrás dos ladrões que fizeram-me passar por agonia e desespero?
Aparentemente a resposta estava no rosto do sádico do funcionário que estava aéreo e indisponível a empatia, em seu mundo de soberba perguntava em tom de descaso:
– Relate o fato!
Pensando em minha cabeça poderia dizer que aquilo é um absurdo e queria eu mesmo pegar a arma do policial e resolver por conta própria, mas não é assim que a realidade burocrática vive e aguardar e ainda dizem:
– Faremos todo possível para reaver seu pertence, cidadão, mas agora estamos ocupados!
E desta forma observando alguns conversando, outros fumando e aquele ambiente pesado onde aguardava preso um outro homem que iria falar com o Delegado, pensaria qualquer um que visse aquilo:
– Melhor eu ir embora!
– Eles não vão fazer muito mesmo.
Observando aquele ambiente e lembrando dos altos salários que eles recebem lembrei que o objetivo da Polícia Militar ou Civil é garantir a resolução do caso, no caso um assalto e não prestaram auxílio básico que seria fazer uma ronda na área e isto não ocorreu, não foram ao local do crime, nem fizeram ou indicaram que iriam fazer uma ronda na localização informada pelo assaltado e assim, com este comportamento mostram que não é de forma prática que atuam e sim burocrática, facilitando a fuga do ladrão, para que corram quando acharem que deve, facilitando a vida de quem pega dos outros e deixando em agonia e vontade destrutiva a vítima.
Poderia deixar por encerrado mesmo o sucesso do ladrão, observando a forma indigna que a vítima foi tratada, mas naquela situação a vítima lembra do que o atendente falou:
– Cidadão tenha paciência, será investigado… Em tentativa de acalmar a vítima.
– Sempre estamos prendendo pessoas com produtos de roubo, talvez o seu objeto esteja entre os encontrados…
– Qualquer nova informação ligamos.
Observando tudo, o tremor nas mãos, a raiva interna, a agonia do péssimo atendimento e junto a isto a sensação de vontade homicida, o desserviço percebido pela vítima faz lembrá-lo que o ambiente de atendimento ruim onde somente conseguia ver dois atendentes, e lembrando do maldito dinheiro de roubo social que eles ganham um valor exorbitante de cerca de mais de dez mil reais e relembrar que fizeram-me aguardar mais de trinta minutos, com uma fila inexistente fez eu olhar agressivamente para os policiais, mas eles olharam com um olhar de desdém.
Novamente qualquer cidadão vai sentir-se coagido a aceitar aquilo, entendendo que isto somente muda com uma ação vinda da hierarquia social, desta forma a força de lei, instrumentada por uma ordem burocrática proativa e assertiva frente a bagunça social, e mesmo observando que a estrutura do local estava degradada onde não possuía sistema interno de câmeras na entrada na saída, no perímetro e os banheiros não possui higiene, o banheiro das pessoas que buscam atendimento e dos marginais são os mesmos, portas empenadas e com defeito, podia entender a vontade do governo naquele lugar e assim decidiram:
– Paguem mais salário e que a estrutura desfaça-se em si mesma, o que interessa é o salário esqueça a qualidade de vida no trabalho.
Desta forma avaliando tudo, não poderia ser outra ordem a não ser esta, entendendo que a vontade de surrupio do erário, com finalidade óbvia de retorno as origens é uma evidencia inegável da vontade colona de desconstruir ou construir o mínimo possível em uma terra de extração e não de estabelecer-se e assim pensa o colono parasita:
– Vamos pegar o máximo que puder, final de ano quero ir para a Europa gastar tudo por lá, e ganhar mais por aqui.
O que resta para o verdadeiro Brasileiro é tolerar e lutar nos bastidores por um país realmente independente, e buscar maneiras de livrar-se destes parasitas que não são brasileiros, não querem este país para viver e prosperar, querem este país para roubar e evadir.
O belo vem do cuidado, não da extorsão e extração ou da exploração e assim a estrutura daquele lugar poderia ser definida como ruim por falta de cuidado e vontade de zelo, por causa do super-salários dos funcionários públicos que naquele lugar trabalham, que como ordem superior estabeleceu, desvalorizar a qualidade do ambiente para favorecer o custo fixo de pessoal, se fosse uma empresa privada, já tinha pedido falência a muito tempo.

Nenhum empresário abre empresa para pagar funcionário, mas o Estado ou Governo, existe para isto até hoje-2018 e não para garantir ordem e qualidade de vida dos seus cidadãos.”

A realidade humana piora na apatia dos bons.



David da Fonseca
Referência: A Televisão, livros, revistas, vídeos na internet e diversas fontes, analise superficial, de diversos conteúdos e informações gerais da internet.

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